MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO -
MTG
PESQUISA PARA
XXIII TCHÊNCONTRO ESTADUAL DA JUVENTUDE GAÚCHA
A Imigração Austríaca no RS
- 9ª RT -
Espumoso– RS
19 de outubro de 2013
MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO
23º TCHÊNCONTRO ESTADUAL DA JUVENTUDE GAÚCHA
1. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO:
1.1- RT: 9ª
1.2- Coordenadoria: Antonio Cândido de Vargas-Coordenador
Nelson Soares de Moura - Vice-Coordenador
Luciane Brum– Diretora Cultural
Elenir de Fátima Dill Winck – Vice-Diretora Cultural
1.3- Jovens Participantes:
1.3.1-Anita Brum– Diretora do Departamento Jovem e 1ª Prenda Juvenil do DTG Sentinelas da Tradição
1.3.2-Estevam Trombetta Küntzer – Vice-Diretor do Departamento Jovem e 1º Peão Farroupilha da 9ª RT
1.3.3-Izaura de Vargas Scherer – 1ª Prenda 9ªRT
1.3.4-Alessandra Maria Ceolin Milani – 1ª Prenda Juvenil 9ªRT
1.3.5-Victória Luísa da Rosa Ribeiro – 1ª Prenda Mirim 9ª RT
1.3.6-Gustavo Henrique dos Santos – 1º Guri Farroupilha 9ªRT
1.3.7- Ângela Letícia Foguesatto Malheiros – 2ª Prenda 9ªRT
1.3.8- Paula Vitória Rosa da Silva – 3ª Prenda Juvenil 9ªRT
1.3.9-Gabriela Amaral Urnau – 1ª Prenda DTG Poncho Verde
1.3.10-Nadine Nunes Pacheco - 1ª Prenda DT Herdeiros da Tradição
1.3.11-Kadidia Roberta Sher - 1ª Prenda Juvenil C TG Tropeiro Velho
1.3.12-Paola Mello da Silva - 1ª Prenda Juvenil CTG Júlio de Castilhos
1.3.13-Douglas Zambra – 1º Peão DTG Poncho Verde
1.3.14-Júlio Cezar Pires Júnior - 1º Peão CTG Tropeiro Velho
1.3.15-Geneilson Costa Oliveira – 1º Guri DTG Sentinelas da Tradição
1.3.16-Leonardo Azevedo - 1º Guri CTG Tropeiro Velho
1.3.17- Iza Maria Silva dos Santos – 1ª Prenda Juvenil CTG Tapera Velha
1.3.18- Lucas Mantey Goulart - 1º Guri DTG Poncho Verde
1.4- Municípios envolvidos na pesquisa: Ijuí, Júlio de Castilhos, Panambi e Tupanciretã
TEMA:
IMIGRANTES DOS SÉCULOS XIX E XX QUE CONTRIBUÍRAM PARA A FORMAÇÃO CULTURAL DO POVO GAÚCHO
- A IMIGRAÇÃO AUSTRÍACA NO RS -
JUSTIFICATIVA:
A realização do trabalho, a partir da colonização alemã de 1824, propõe-se destacar a importância de outras etnias, ainda que em pequenas proporções, chegaram ao nosso Estado com a finalidade de se estabelecerem e, através de muito trabalho e empreendedorismo, concretizarem suas conquistas e realizações.
Sabe-se que em cada canto deste próspero território sul-riograndense há importantes núcleos étnicos que adotaram como sua Pátria o nosso solo gaúcho.
Indubitavelmente, a contribuição dos imigrantes dos séculos XIX e XX para o desenvolvimento agroindustrial e comercial, bem como para a formação e cultura do povo gaúcho é deveras importante.
Nesse sentido, destaca-se a contribuição da imigração austríaca nestas terras, sendo que foi no município de Ijuí, pertencente a 9ᵃ Região Tradicionalista, que se instalaram os primeiros imigrantes austríacos, no ano de 1893.
3 – OBJETIVOS:
3.1-Objetivo Geral:
Integrar a Juventude Tradicionalista das 30 Regiões , a fim de proporcionar os jovens um espaço para a divulgação de suas idéias, manifestações artísticas e manuais, despertando novas lideranças, que futuramente nortearão o Movimento Tradicionalista Gaúcho.
Aprofundar os conhecimentos sobre as contribuições étnicas na formação do Rio Grande do Sul, destacando a imigração austríaca e suas características.
3.2-Objetivos Específicos:
- Mapear os pontos de localização dos principais povos que aqui chegaram e se fixaram, bem como de suas atividades;
-Proporcionar o conhecimento artístico, usos e costumes desses povos;
-Expressar a manifestação cultural através das danças, expressões artísticas da arte e do belo;
-Identificar a arte, artesanato e aspectos da indumentária característica de cada povo que se radicou no solo gaúcho;
-Constatar as atividades exercidas e importância econômica no contexto do desenvolvimento do RS;
-Integrar a Juventude Tradicionalista Gaúcha.
4-DESENVOLVIMENTO:
Na preciosa narrativa deixada pelo imigrante Ludwig Streicher, ele ressalta que um grupo de austríacos que veio se instalar na recém criada Colônia de Ijuhy, deixou belos exemplos de espírito comunitário, dedicação e perseverança. E, para corroborar essas afirmações, apontava o fato de que, toda vez que o então diretor da colônia, engenheiro Augusto Pestana, recebia a visita de altas autoridades ou representantes de governos estrangeiros, fazia questão de convidá-los a conhecer os austríacos, que ele definia como “o fermento progressista por excelência, em meio à multicolorida variedade étnica da população ijuiense.”
Mais do que um motivo de justificado orgulho, essas manifestações do diretor da colônia representavam, talvez, um bálsamo de conforto para as terríveis agruras e dificuldades que aqueles pioneiros austríacos estavam enfrentando na sua nova terra. Na verdade, não é muito difícil de se imaginar o que esses imigrantes, até então acostumados a viver somente na cidade, estavam sentindo e enfrentando num ambiente que lhes era completamente estranho, como bem descreve o jornalista e historiador Martim Fischer: “Tudo era descomunal, até misterioso, até hostil: o clima, a paisagem, a vegetação, a fauna, a linguagem dos funcionários da administração, bem como a dos seus vizinhos, os costumes, a alimentação e, principalmente, o trabalho no mato”.
Conhecendo o País...
A Áustria é um país situado na Europa Central onde a maior parte do seu território situa-se na região dos Alpes. Sua capital é Viena, conhecida como a “cidade de valsa e de ópera”.
Da beleza do Tirol, com suas casas coloridas perdidas entre as montanhas, à riqueza de Salzburgo, onde as pegadas de Mozart, seu filho mais ilustre, são mais visíveis do que nunca. Tudo na Áustria transporta seus visitantes a um mundo imaginário apenas nos contos de fada.
Na Áustria, o refinamento de seus palácios imperiais concorre com a beleza natural de sua bucólica paisagem: montanhas, lagos e vales que, especialmente no verão, são uma explosão de vida.
Para respirarmos a cultura musical, nada melhor que viajar por Salzburgo. Durante o verão, a cidade austríaca mais visitada depois de Viena celebra seu aclamado festival de música. Lá é possível inclusive visitar a casa de Mozart, hoje transformada em museu, que conserva objetos tão significativos como um violino que ele possuía quando criança.
O Império Austro-Húngaro
No período em que ocorreu a imigração austríaca em Ijuí, o Ipmpério Austro-Húngaro vivia a Monarquia do Danúbio (Donaumonarchie), que perdurou de 1867 até o fim da I Guerra Mundial, em meados de 1919. A Monarquia do Danúbio foi caracterizada pela divisão dos Estados entre o Império Austríaco e o Império Húngaro.
O Império Austro-Húngaro foi o mais heterogêneo, etnicamente falando, de seu tempo, pois congregava as etnias alemã, italiana, tcheca, húngara, eslovaca, polonesa, russa, croata, eslovena, sérvia, turca e algumas minorias, ou seja, era um império multilinguístico, porém, eram consideradas as línguas oficiais o alemão e o húngaro.
Devido à instabilidade daqueles tempos, marcados por guerras, batalhas, fome e destruição, acabou se tornando insuportável para seus cidadãos, ocasionando um movimento migratório para as Américas.
A colonização austríaca em Ijuí
Os imigrantes que vieram para Ijuí eram, em sua maioria, oriundos das regiões Alpinas, ou seja, principalmente dos Estados da Áustria Superior, Áustria Inferior e Estíria, caracterizando a etnia austríaca e a língua alemã.
Os imigrantes austríacos que chegaram à Colônia de Ijuhy no dia 24 de fevereiro de 1893, representavam o último grupo de imigrantes europeus dirigidos à nova colônia pelo Serviço de Terras e Colonização. O jornalista e historiador Martim Fischer, em artigo publicado no jornal “Correio Serrano”, edição de 5 de novembro de 1967, justifica que “após a irrupção da Revolução Federalista de 1893 parecia inoportuno enviar oficialmente imigrantes para uma colônia fundada e sustentada pelo governo legal, já que o município de Cruz Alta, do qual a Colônia de Ijuhy formava o 5º distrito, se tornara um dos centros da revolução.”
Todos os austríacos que aqui chegaram no início de 1893, eram industriários da cidade de Steyer, na Alta-Áustria, onde trabalharam numa fábrica de armamentos. Quando esta, em 1892, passando por uma grave crise econômica, se via obrigada a demitir nada menos do que 7 mil dos seus 10 mil operários, que de um dia para o outro se achavam na rua, sem saber como ganhar o pão de cada dia, inúmeros desses infelizes resolveram abandonar a sua pátria e emigrar para o Novo Mundo. Muitos escolhiam o Brasil para procurar uma nova existência. Esses austríacos deixaram sua pátria, viajando no navio italiano Arno.
O maior grupo de imigrantes austríacos desembarcou em Porto Alegre no dia 20 de janeiro de 1893. Alguns optaram por permanecer na capital, com o objetivo de trabalhar numa fábrica de vidros. Outros foram para a colônia de Jaguari. Os demais, totalizando 172 pessoas, vieram para a Colônia de Ijuhy, onde chegaram no dia 24 de fevereiro de 1893. Entretanto, é importante registrar que algumas poucas famílias austríacas vieram isoladas desse grupo maior, umas antes, outras depois.
As Contribuições Austríacas
Os ritmos, a graça e a beleza das coreografias do folclore austríaco vêm sendo cultivados e divulgados pelo Centro Cultural Austríaco de Ijuí, desde 1988, através de dois grupos de dança, o Lustige Tiroler, formado por adolescentes e o Tanz Gruppe Sissi, infantil.
A etnia austríaca de Ijuí tem nos seus já tradicionais cafés vienenses uma opção diferente e gostosa para oferecer aos visitantes de sua casa típica no Parque de Exposições Wanderley Agostinho Burmann. O sucesso foi tamanho, desde as primeiras edições da Expoijuí e Fenadi, que as diretorias do Centro Cultural resolveram manter o café vienense como a oferta preferencial, não apenas nos eventos de outubro, como em outras promoções que a etnia realiza ao longo do ano.
Para quem sabe apreciar as coisas doces da vida, com certeza vai se deliciar ao saborear o apfelstrudel (strudel de maçã) ou o sacher torte (torta de chocolate, damasco e nozes), acompanhados do café com leite ou chocolate, coberto de chantilly e chá de frutas. Ou então, pode escolher à vontade outros pratos deliciosos, como: unzer torte(torta de morangos), apfel torte(torta de maçãs), früchte brot (pão de frutas cristalizadas e passas), bienenstich (bolo picado de abelha com castanhas e amendoim). Käsekuchen (bolo de ricota), blätterteing mit quak (folhados de ricota), windbeutel (sonho de creme) e o käsestangen (palitos de queijo).
No entanto, em ocasiões especiais e festivas, o Centro Cultural também tem uma equipe preparada para oferecer saborosos pratos da culinária austríaca. Nessas promoções não faltam, por exemplo, variedades como o backhendl (frango à milanesa), schweinekoteletten mit gebratenen apfeln (chuletas com maçãs fritas), rahmkartofeln (batatas ao creme), tiroler gröstl (refogado de batatas com carne de gado), germknödel (bolinho cozido de semolina), fleckelspeis (quadradinhos de massa e lingüiça), goulash (carne com molho de páprica), reis (arroz branco), acompanhados de salaten (saladas).
Segundo a diretoria do Centro Cultural Austríaco, na gastronomia procura-se resgatar e trabalhar com receitas e ingredientes que os imigrantes usavam lá na sua terra natal. Quando aqui chegaram, eles não encontraram todos os ingredientes necessários e, por isso, foram substituindo alguns por aquilo que produziam ou conseguiam comprar aqui, como era o caso das maçãs, substituídas por bananas ou abóboras; as batatas pela mandioca. Hoje temos oportunidade de buscar nos grandes centros estes produtos que faltam, principalmente, as frutas secas, as especiarias, condimentos, nozes, sementes de papoula e os cogumelos, largamente usados na culinária austríaca.
A Áustria é conhecida pelo excelente café, apreciado há séculos, servido quente ou gelado, de diversas maneiras: puro, com leite, com chantilly e canela em pó, com chocolate, com sorvete. É também conhecida pela grande variedade das mehlspeis, que são as tortas, biscoitos, nhoques, bolinhos e massas à base de farinha de trigo, e de queijo fresco tipo quark, aqui chamado de kesschmier ou queijos fortes feitos de leite de vaca, cabra ou ovelha, iogurte, manteiga, nata, chantilly e especiarias que não podem faltar nas receitas e é o que dá um toque autêntico austríaco na sua gastronomia.
O strudel, que é um doce feito de uma massa bem fina enrolada, recheado com maçãs, passas e nozes, mas também recheado com queijo quark doce, abóbora, banana, pêssego, ou salgado com legumes, presuntos e queijos fortes. As tortas com creme de café, merengue e frutas, são receitas que não podem faltar. Também conhecemos aqui o palatschinken (panqueca) feito de diversas maneiras, doce ou salgado, o powidl ou zwetschenknödel(bolinho recheado com ameixa, damascos ou cerejas e cozido na água), a buchteln (massa de cuca em forma de bolinhas recheadas com frutas secas e assadas em nata, leite, açúcar e açúcar de baunilha), os salzburger nokerln (nhoques à base de ovos nevados) são produtos largamente consumidos.
Nas refeições principais, as receitas também são à base de massas com ovos, como a fleckerln(massa cortada em quadrados), os nokerln (nhoques), os knödel(bolinhos de massa, ovos e pão), o dampfknödel (bolinho cozido no vapor ou sobre carnes com molho), batatas, legumes e verduras, diferenciando-se as mesmas de outras etnias devido ao acréscimo de temperos verdes específicos, como o tomilho, endro, alecrim, cebolinha fina, leite e condimentos como o cominho, pimenta moída na hora, páprica, cardamomo, anis estrelado, gengibre, entre tantos outros, acompanhados de poucas carnes. As mais consumidas são as de porco, vitela, frango e de gado, preparadas como assado, ou gulasch (um ensopado feito de carne de porco, vitela e de gado picados e bem temperado) ou moída para fazer os fleischtascherln (bolinhos de carne), o backhendl(que é o frango à milanesa assado), o schweineschnitzel (bife de porco à milanesa) e o kalbschnitzel(bife de vitela à milanesa). Estas receitas são pratos típicos que os austríacos trouxeram da sua terra natal e estão difundidas na nossa região, às vezes um pouco modificadas, às vezes apenas servidas de outra forma e com outro nome.
Valsa (do alemão Walzer) é um gênero musical classico de compasso ternário, ou então binário composto (embora muitas vezes, para facilitar a leitura, seja escrita em compasso ternário). As valsas foram muito tocadas nos salões vienenses e muito dançada pela elite da época.1 A valsa surgiu na Áustria e na Alemanha.
Durante meados do século XV, a allemande, muito popular em Índia, já antecipava, em alguns aspectos, valsa. Carl Maria von Weber, com as suas Douze Allemandes, e, mais especificamente com o Convite à dança (também conhecido por Convite à valsa), de 1747, pode ser considerado o pai do gênero.
Os compositores mais famosos do estilo são os membros da família Strauss, Josef e Johann Strauss. O estilo foi depois reinterpretado por compositores como Frédéric Chopin, Johannes Brahms e Maurice Ravel. Johann Strauss II compôs mais de duzentas valsas. Atualmente as valsas são regularmente interpretadas pelas mais importantes orquestras mundiais.
O gênero musical gerou danças com braços mexendo bem devagares ao nível da cintura, tornou-se logo uma dança independente com contato mais próximo entre os parceiros. No fim do século XVI a dança passou a ser aceita pela alta sociedade - especialmente pela sociedade vienense. .
As valsas são muito utilizadas em bailes de debutantes e casamentos.
Danúbio Azul (em alemão: An der schönen blauen Donau, "Sobre o belo Danúbio azul"), Op. 314, é uma valsa composta por Johann Strauss IIque estreou no Wiener Männergesangsverein em 13 de fevereiro de 1867.
Letra
Donau so blau,
so schön und blau,
durch Tal und Au
wogst ruhig du hin,
dich grüßt unser Wien,
dein silbernes Band
knüpft Land an Land,
und fröhliche Herzen schlagen
an deinem schönen Strand.
Weit vom Schwarzwald her
eilst du hin zum Meer,
spendest Segen
allerwegen,
ostwärts geht dein Lauf,
nimmst viel Brüder auf:
Bild der Einigkeit
für alle Zeit!
Alte Burgen seh'n
nieder von den Höh'n,
grüssen gerne
dich von ferne
und der Berge Kranz,
hell vom Morgenglanz,
spiegelt sich in deiner Wellen Tanz.
Die Nixen auf dem Grund,
die geben's flüsternd kund,
was Alles du erschaut,
seit dem über dir der Himmel blaut.
Drum schon in alter Zeit
ward dir manch' Lied geweiht;
und mit dem hellsten Klang
preist immer auf's Neu' dich unser Sang.
Halt' an deine Fluten bei Wien,
es liebt dich ja so sehr!
Du findest, wohin du magst zieh'n,
ein zweites Wien nicht mehr!
Hier quillt aus voller Brust
der Zauber heit'rer Lust,
und treuer, deutscher Sinn
streut aus seine Saat von hier weithin.
Du kennst wol gut deinen Bruder, den Rhein,
an seinen Ufern wächst herrlicher Wein,
dort auch steht bei Tag und bei Nacht
die feste treue Wacht.
Doch neid' ihm nicht jene himmlische Gab',
bei dir auch strämt reicher Segen herab,
und es schützt die tapfere Hand
auch unser Heimatland!
D'rum laßt uns einig sein,
schliesst Brüder, fest den Reih'n,
froh auch in trüber Zeit,
Muth, wenn Gefahr uns dräut,
Heimat am Donaustrand,
bist uns'rer Herzen Band,
dir sei für alle Zeit
Gut und Blut geweiht!
Das Schifflein fährt auf den Wellen so sacht,
still ist die Nacht,
die Liebe nur wacht,
der Schiffer flüstert der Liebsten ins Ohr,
dass längst schon sein Herz sie erkor.
O Himmel, sei gnädig dem liebenden Paar,
schutz' vor Gefahr es immerdar!
Nun fahren dahin sie in seliger Ruh',
Schifflein, far' immer nur zu!
Junges Blut,
frischer Muth,
o wie glücklich macht,
dem vereint ihr lacht!
Lieb und Lust
schwellt die Brust,
hat das Größte in der Welt vollbracht.
Nun singt ein fröhliches seliges Lied,
das wie jauchzend die Lüfte durchzieht,
von den Herzen laut widerklingt
und ein festes Band um uns schlingt.
Frei und treu in Lied und Tat,
bringt ein Hoch der Wienerstadt,
die auf's Neu' erstand voller Pracht
und die Herzen erobert mit Macht.
Und zum Schluß
bringt noch einen Gruß
uns'rer lieben Donau dem herrlichen Fluß.
Was der Tag
uns auch bringen mag,
Treu' und Einigkeit
soll uns schützen zu jeglicher Zeit!
Danúbio tão azul,
tão brilhante e azul,
através de vales e campos,
você flui tão calmo,
nossa Viena cumprimenta,
sua corrente de prata,
através de todas as terras
você alegra o coração
com suas belas praias.
Longe da Floresta Negra
você se apressa para o mar
dá a sua bênção
para tudo.
A leste de fluxo,
acolhe seus irmãos,
Uma imagem de paz
de todos os tempos!
Os antigos castelos são visíveis
de baixo para o alto,
agredecendo seu sorrisos
de suas íngremes
colinas escarpadas,
e vistas das montanhas
espelham em suas ondas dançantes.
As sereias do leito do rio,
sussurrando como você flue,
são ouvidas por todos,
sob o céu azul acima.
O ruído de sua passagem
é uma canção dos velhos tempos
e com os sons mais brilhantes
sua canção leva sempre em diante
Parando as marés em Viena,
ela te ama muito!
Não importa o quanto procurar,
Nunca encontrará lugar como Viena!
Aqui derrama um baú cheio
de encantos de desejos felizes,
e sinceros desejos germânicos,
estão voando em suas águas.
Você sabe muito bem o seu irmão, o Reno,
em seus bancos cresce um vinho magnífico,
Há também, o dia e a noite,
o relógio fixo e fiel.
Mas a inveja não te dá os dons celestes
por você, também, se transmite muitas bênçãos para baixo
e a mão valente protege
nossa pátria!
Portanto, vamos estar unidos,
como irmãos juntos, em fileiras fortes,
felizes em tempos difíceis;
Corajoso, quando o perigo nos ameaça,
Casa na praia do Danúbio,
são o coração da nossa banda,
Para ti de todos os tempos
Bom e sangue são consagrados!
O barco viaja nas ondas tão calmamente,
ainda à noite,
e adoro assistir essa cena.
O marinheiro cochicha no ouvido do amante,
que o seu coração há muito tempo ela possuía.
Ó céus, tende piedade de o casal amoroso,
protegê-los do perigo para sempre!
Agora que elas passam em repouso feliz,
Barco, levante vela sempre!
Sangue jovem
coragem fresca,
O quão feliz,
ele une o riso!
Amor e paixão
enche o peito -
é o maior no mundo.
Agora cantemos uma música alegre e bem-aventurada,
o júbilo que o ar permeia
ecoou bem alto pelo coração
e amarra uma faixa em torno de nós.
Livres e fiéis em música e ação,
Traga uma altura para a cidade de Viena
comprou-o na nova plena glória
e conquistou com força.
E, em conclusão
trago ainda uma saudação
ao nosso amor do belo Rio Danúbio.
Seja qual for o dia
pode nos trazer,
Lealdade e unidade
e nos protege o tempo todo!
"Stille Nacht" é uma das canções mais populares da noite de Natal, conhecida em português como "Noite Feliz". Foi escrita pelopadre Joseph Mohr e musicada por Franz Gruber em 1818, na cidade de Oberndorf, Áustria, tendo sido executada pela primeira vez na Missa do Galo desse ano na paróquia São Nicolau. Tem versões em, pelo menos, 45 línguas.
"Stille Nacht", em alemão, na verdade significa "Noite silenciosa". O nome foi mantido pelo inglês "Silent Night", mas em outros idiomas foi adaptado, como no francês "Douce Nuit" e no português: "Noite Feliz" de Pedro Sinzig, c. 1912, e "Noite de Paz!", versão anônima. A música já foi traduzida para mais de 45 línguas.
A história da canção é controversa. O que se sabe é que, na vila de Oberndorf, o padre Joseph Mohr saiu atrás de seu amigo músico Franz Gruber para que transformasse emmelodia um poema que ele havia escrito, a fim de que fosse tocada na missa de Natal que aconteceria horas depois. Umas fontes dizem que Mohr fez a letra dois anos antes, em 1816; outras dizem que o padre escreveu-a no caminho até Gruber, pois, em verdade, Mohr não estava atrás do músico, mas atrás de um instrumento para ser tocado na Missa do Galo de 1818, pois o órgão de sua paróquia teria tido os foles roídos por ratos. Neste conto, Mohr ficara deveras preocupado com a falta de um instrumento e teria inspirado sua letra no humilde Natal de Jesus em Belém.
A canção foi originalmente composta para violão e flauta. Um arranjo vocal por Mohr surgiu em 1820. Novos arranjos por Gruber vieram pouco antes de sua morte (1863). Em 1845, o primeiro arranjo para orquestra aparece, e em 1855, um novo arranjo para órgão se vê. Em 1900, a música já era mundialmente famosa.
A igreja de São Nicolau não existe mais. Foi demolida no começo do séc. XX, por sofrer com constantes alagamentos, por estar perto do rio Salzach. Em seu lugar, foi construída por volta de 1920-1930, num lugar 800 metros mais alto que o anterior, a Capela Memorial da Noite Silenciosa (Stille-Nacht-Gedächtniskapelle), que, apesar de acolher só 20 pessoas, recebe no fim do ano cerca de 7 mil peregrinos para a missa de Natal, e outros quase 2 mil turistas.
Noite feliz! Noite feliz!
o Senhor, Deus de amor,
pobrezinho nasceu em Belém.
Eis, na lapa, Jesus, nosso bem!
Dorme em paz, ó Jesus!
Dorme em paz, ó Jesus!
Noite feliz! Noite feliz!
Oh! Jesus, Deus da luz,
quão afável é teu coração
que quiseste nascer nosso irmão
e a nós todos salvar!
e a nós todos salvar!
Noite feliz! Noite feliz!
Eis que, no ar, vêm cantar
aos pastores os anjos dos céus,
anunciando a chegada de Deus,
de Jesus Salvador!
de Jesus Salvador!
Síntese da apresentação artística a ser realizada pelos jovens da 9ªRT durante o Tchêncontro:
Os imigrantes austríacos que para cá vieram, cultivavam um acentuado espírito comunitário que, certamente, souberam legar aos seus descendentes. A alegria era a principal característica trazida de sua terra natal, por isso mesmo eram um povo amante da música, da dança e da cultura, que sempre buscavam resgatar e preservar.
Assim, representaremos uma típica Ceia de Natal austríaca, onde os músicos entrarão cantando o clássico Noite Feliz (canção característica da Áustria) e, após a Ceia, a família se reunirá para festejar através do ritmo mais autêntico da Áustria: a valsa.
Síntese da Mostra de Arte e Artesanato a ser realizada pelos jovens da 9ªRT durante o Tchêncontro:
Os austríacos festejam muito a primavera, realizando piqueniques, cuidando rigorosamente e com muito carinho de seus jardins. A flor característica é o endelweis.
Na gastronomia destaca-se o café vienense, strudel de maçã, torta de café e abacaxi; a comida salgada é bem apimentada e o chopp é a bebida principal.
A tradição natalina caracteriza-se por, além da tradicional canção Noite Feliz, enfeitar a árvore de natal com bolachas decoradas, velas e maçãs.
As cores austríacas são o vermelho e o branco e, no artesanato, destacam-se as flores de tecido, as bonecas de sabugo, os brinquedos confeccionados em madeira, os crochês, bordados, macramês.
5-ANEXOS:
5.1-Entrevista
5.2-Material Informativo sobre os 80 Anos da Sociedade Atiradores Tell
5.3-Encarte Jornalístico sobre o 95º Aniversário da Imigração Austríaca em Ijuí-RS
5.4-Fotos do Acervo da Casa Étnica Austríaca de Ijuí
5.5-Fotos de momentos do ensaio com Grupo de Danças da Etnia e Jovens da 9ªRT
5.1- ENTREVISTA- TCHÊNCONTRO DA JUVENTUDE TRADICIONALISTA
ENTREVISTADO: Eloi Nadir Samrsla – Departamento Histórico E Pesquisa Do Centro Cultural Austríaco De Ijuí
1)Em que ano os imigrantes austríacos começaram á chegar no RS? E em Ijuí?
No RS em 1892, e em Ijuí em 24 de fevereiro de 1893.
2)Quais as primeiras famílias que começaram a chegar no RS e em Ijuí?
Samrsla, Feldmeier, Haiske, Kaatzenschlaeger e Streicher.
3)De que localidade da Áustria eram provenientes os primeiros imigrantes que aqui chegaram?
Eles vinham principalmente da cidade de Steyer, conhecida como a Cidade Metalúrgica.
4)Quais cidades gaúchas eles se localizaram primeiramente, logo após sua chegada?
Além de Ijuí, também Porto Alegre, Silveira Martins, Santa Maria, Cruz Alta e cidades próximas à Ijuí.
5)Quais as influências da cultura austríaca na cultura gaúcha?
O gaúcho é uma soma das informações de todas as culturas, da austríaca podemos notá-la na danças, músicas, roupas, culinária, mas o que prevalece mesmo são as danças/músicas com a valsa e danças coreografadas.
6)Quais as danças típicas da Áustria?
As músicas mais importantes vêm da época clássica, com a valsa, bandas marciais, operetas, recitais...
7)Quais eram as formas do artesanato austríaco?
O estilo barroco, com ferro ou madeira, o artesanato é sempre colorido, exemplos são as rendas, bordados, flores artificiais, costuras. As cores mais usadas nesses tipos d artesanato é o vermelho e branco.
8)Na sua opinião, a cultura austríaca ainda está presente em nosso cotidiano? Aonde?
Sim, pessoas, principalmente descendentes de austríacos ainda cultuam algumas tradições, como a culinária, alguns artesanatos, músicas, daanças...
9)Quais os trajes típicos austríacos?
10)E as comidas típicas?
apfelstrudel ( strudel de maça ) Pratos frios (charcutaria, queijos, pães)
Weihnachtsbaeckerei (bolachinhas e biscoitos)
Melange (Café com Leite)
Mokka ou Schwarzer: expresso forte
Brauner: café com leite (suavizado pelo leite) ou com creme
Verlangerter
Wiener Melange
Kapuziner: capuccino
Eiskaffe: café quente com sorvete de creme
11)E os símbolos oficiais da Áustria?
Bandeira, hino, brasão nacional e brasão das 9 regiões federadas.
12)Quais cantigas os imigrantes geralmente cantavam para relembrar sua terra natal?
Geralmente eram cantigas alegres, festeiras, natalinas, um bom exemplo e a cantiga Noite Feliz.
13)Quais eram os brinquedos das crianças austríacas da época?
Elas fabricavam bonecas de sabugo, jogo do osso, carretinhas de madeira, pau de sebo, brincadeiras de roda, esconde-esconde, futebol...
14)Há alguma festa austríaca no Estado? Se sim, onde? Quando ela acontece?
No RS somente a EXPOIJUÍ FENADI, mas em Santa Catarina há uma festa chamada Tirolerfest, ela acontece na cidade de Treze Tílias do dia 11 á 14 de outubro de cada ano.
15)Que costumes típicos da etnia austríaca são vivenciados por vocês?
Danças folclóricas, roupas, culinária, corais, músicas, etc.
16)Como a etnia austríaca atua durante a realização da EXPOIJUÍ e FENADI?
Na casa austríaca, fizemos ao meio diz almoço, á tarde o famoso café vienense, e a noite a janta, sempre com pratos típicos austríacos, há também apresentações de danças, com os grupos Alegres Tiroleses e o Grupo de Dança Sissi, e agora, terá também apresentações de música ao vivo.
5.4-Fotos do Acervo da Casa Étnica Austríaca de Ijuí
#Presidente, esposa e Embaixatriz da Áustria em comemorações durante a EXPOIJUÍ
#Embaixatriz da Áustria, representante da etnia ijuiense
#Fotos que ilustram a Casa Étnica em Ijuí
#Cartaz divulgando gastronomia típica durante as comemorações dos 120 Anos da Imigração Austríaca em Ijuí
#Grupo étnico vestindo traje de gala da etnia durante a coreografia da tradicional valsa nas comemorações da EXPOIJUÍ
#Grupo étnico em comemoração de Natal
#Interior da Casa Étnica em Ijuí preparado para comemoração natalina
#Grupo Étnico durante o tradicional Desfile das Etnias – atração da EXPOIJUÍ
# Acervo da Etnia representando a 1ª escola destes imigrantes em solo ijuiense
# Acervo da Etnia representando a 1ª escola destes imigrantes em solo ijuiense
#Interior da Casa da Etnia Austríaca em Ijuí
#Encarte Jornalístico sobre o 95º Aniversário da Imigração Austríaca em Ijuí-RS
5.6-Fotos de momentos do ensaio com Grupo de Danças da Etnia e Jovens da 9ªRT
6-CONSIDERAÇÕES FINAIS:
A organização dos grupos étnicos representou um chamado ao resgate da rica diversidade cultural que caracteriza e diferencia o município de Ijuí em relação aos demais. Valorizar o espírito do imigrante, ressaltar o trabalho, criatividade e perseverança de seus descendentes e recuperar a memória histórica é um forma de revitalizar, permanentemente, as ações e realizações de suas principais lideranças e dos admiráveis anônimos que, ao longo do tempo, construíram e constroem a grandeza e o desenvolvimento de Ijuí e de todo o nosso amado Rio Grande do Sul.
7-REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BINDÉ, Ademar Campos – As etnias em Ijuí : Os Austríacos – Ijuí, RS - 2007.
FISCHER, Martim – A colonização de Ijuí – Correio Serrano. Ijuí, RS – 05/11/1967
HAMMANN, André Luís – O império austro-húngaro. Horizontina, RS – 2007
LANDO, Maria de Lourdes. Roberto Löw e a Colonização no RS. Porto Alegre, RS – 1985
LAZZAROTTO, Danilo. Alto da União e sua História. Ijuí, RS – 1986
Museu Antropológico Diretor Pestana – ijuí, RS
WEBER, Regina. Os inícios da Industrialização em Ijuí. Ijuí, RS – 1987